Credito todos para Ana Ester Freire
Refazendo Padrões em Praça Pública
Com a liberdade de expressar por onde eu possa passar, a arte tem permeado meus caminhos em busca de transformações. Assim como existe no belo o feio, cabe a cada um usar a sua lente para apurar os fatos.
Sou uma voz, um artista que luta pelos direitos dos excluídos. 2016 foi um ano de conquistas, parcerias e lutas mas também de muitas perdas. O que seria do mundo se não houvesse os conflitos? Na busca de compreender a vida com um toque mais leve, procuro com liberdade usar o que sei fazer, arte, para me libertar e quiçá conquistar olhares curiosos, destemidos, bravos, fracos, militantes, desprovidos de cultura, poetas, músicos, psicólogos, políticos, politiqueiros, quem quer se seja em busca de um lugar ao sol melhor para todxs.
Apreender e abrir a escuta tem sido a minha bandeira. Buscando aqui e ali ( entre nobres e favelados porque não?) o discurso da igualdade, da desglamourização da arte e da religiosidade.
Vivo em comunidade porque preciso do outro e é no outro que me encontro com a simplicidade nas palavras, mas com o coração cheio da virtude maior que pode existir em nos.
O amor,
verdadeiro em sua essência pelo que fazemos por nós e pelos outrxs.
Vivemos momentos em que a visibilidade se tornou maneirismo e moeda de sobrevivência, então que nossas gargantas estejam afiadas como os saltos, as perucas, as pernas-de-pau, os nariz vermelhos, as maquiagens borradas para gritar aos quatro cantos.
EXISTIMOS!!!!!
Nosso jeito QUEER de ser existe e está no meio de nós.
Sejam gays, homens, mulheres, trans, travestis, lésbicas, bissexuais, brancos, negros, amarelos, índios, nordestinos, japoneses, putas, garotos de programa...
Todxs EXISTIMOS e temos direito à vida.
By
Marcelo Oliveira